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Bullying sob aspecto jurídico: como a escola pode se prevenir e como agir quando o problema já aconteceu?

Bullying sob aspecto jurídico: como a escola pode se prevenir e como agir quando o problema já aconteceu?

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O bullying é um problema que não apenas afeta o bem-estar emocional e psicológico dos alunos, mas também pode ter sérias repercussões jurídicas para as instituições educacionais. De acordo com a legislação brasileira, escolas têm a responsabilidade de garantir um ambiente seguro e saudável para todos os estudantes. A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica o bullying como intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. No contexto jurídico, a omissão de ações preventivas contra o bullying pode acarretar consequências legais, e as instituições precisam estar preparadas para lidar com essas situações de forma eficaz e dentro da legalidade.

A prevenção do bullying começa com a criação de políticas claras e protocolos bem definidos dentro da escola. A primeira medida é a elaboração de um plano de ação contra o bullying, que envolva todos os membros da comunidade escolar — desde gestores e professores até alunos e pais. Esse plano deve estabelecer regras claras de convivência, orientações sobre o que caracteriza o bullying e como ele pode ser identificado, além de definir as consequências para quem praticar atos de bullying. É fundamental que essas normas sejam comunicadas de maneira clara e transparente para todos.

Uma vez que o plano de ação esteja estabelecido, o próximo passo é treinar toda a equipe escolar. Professores, coordenadores e funcionários devem ser capacitados para identificar sinais de bullying, tanto nas interações diretas entre os alunos quanto no comportamento geral dos estudantes. O treinamento deve incluir formas de intervenção imediata e estratégias para lidar com a situação sem revitimizar a vítima. Além disso, os profissionais devem estar preparados para agir de forma empática, acolhendo os alunos que sofrem bullying e proporcionando o apoio necessário.

Outro aspecto essencial é a conscientização e educação sobre o tema. A escola deve promover campanhas educativas que envolvam alunos e pais, abordando os danos causados pelo bullying e destacando a importância do respeito e da empatia. Essas campanhas podem ser realizadas por meio de palestras, rodas de conversa, atividades interativas e outros métodos que incentivem a reflexão coletiva. Com isso, a escola cria uma cultura de respeito e inclusão, tornando o ambiente escolar mais seguro e acolhedor.

No entanto, mesmo com medidas preventivas, é possível que o bullying ainda aconteça. Quando isso ocorre, a escola deve estar preparada para agir de maneira rápida e eficaz, seguindo os protocolos estabelecidos. O primeiro passo é garantir que a vítima receba o suporte necessário, tanto emocional quanto psicológico. O acompanhamento da vítima é fundamental, e a escola pode contar com psicólogos ou outros profissionais especializados para ajudar no processo de recuperação emocional.

Além disso, é essencial que a escola tome providências legais, especialmente quando o bullying atinge níveis graves ou envolve práticas de violência física ou psicológica. A legislação brasileira, em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garante a proteção dos direitos dos alunos e a responsabilidade das instituições educacionais em coibir práticas de violência. A escola deve registrar a ocorrência de bullying, informar os pais de ambos os envolvidos e, se necessário, acionar as autoridades competentes, como o Conselho Tutelar, para garantir a segurança da vítima.

Uma das medidas jurídicas que a escola pode adotar é o envolvimento das partes em mediações e reuniões para que todas as perspectivas sejam ouvidas. Isso ajuda a evitar que o caso seja tratado de forma punitiva, sem considerar o contexto e as necessidades de ambas as partes. O objetivo deve ser sempre a reabilitação do aluno agressor, educando-o sobre os impactos de seus atos, e o apoio à vítima para que ela se sinta segura e respeitada.

A escola também pode criar comissões internas ou parcerias com ONGs e outras instituições especializadas para lidar com o tema de forma interdisciplinar, buscando soluções criativas e educacionais que envolvam a comunidade escolar no combate ao bullying.

Em resumo, para prevenir o bullying, a escola precisa adotar medidas jurídicas e educativas, criando um ambiente de respeito e empatia. Além disso, deve treinar sua equipe para reconhecer e intervir adequadamente, sempre com o objetivo de resolver a situação de forma justa e eficaz. Quando o bullying já ocorreu, a escola deve agir rapidamente, oferecendo suporte à vítima e tomando as providências legais necessárias para proteger os envolvidos e evitar que o problema se repita.

Confira também nosso videocast que ira se aprofundar no tema “Bullying virtual na escola: entenda os riscos e as responsabilidade jurídicas”, e entenda como sua escola pode agir de forma preventiva e responsável. Videocast SEVEN | Consciência Bilíngue, no dia 21/05 às 19h – Online e ao vivo!

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